Nossas imagens

 O texto Nossas imagens, de Flusser, deu uma bela complementada na palestra da semana passada : "imagem televisiva e espaço político". Entendi melhor o que ele quis dizer com pós-hitória, o surgimento das tecnoimagens gera uma revolução e, por vez, essas se tornam instrumento para tornar imaginável a mensagem dos textos. Mas não sei se minhas questões levantadas com a palestra foram resolvidas:

1- Porque ele considera a imagem como algo mítico?

Flusser evidencia que a consciência estruturada por imagens é algo mágico. A imaginação é posta como a capacidade de decifrar imagens, mas, é por isso que a imagem é considerada algo mítico? Pesquisando o significado da palavra mítico, cheguei no significado "algo originado de um mito". Depois disso, só consigui pensar no até então (infelizmente, sinto muito por nós brasileiros) presidente, ao qual seus seguidores chamam de mito. Ou seja, liguei a palavra "mito" diretamente a imagem de Bolsonaro, seria esse o propósito de Flusser ao considerar a imagem como algo mítico?

2 - Será que temos como reverter esse papel entre evento e imagem?

  Creio que passado um tempo da escrita do texto de Flusser, e depois de pensar nas relações de hoje em dia (cada vez mais ligadas às tecnoimagens) acho improvaável a reversão desses papéis. Os eventos acabam sendo mesmo "incentivados" pelos aparelhos. Como Flusser comunica no texto: o aparelho se torna a meta da história.

3-Se registrássemos um momento apenas pela escrita também teríamos certamente um ponto de vista, então será que é possível o conhecimento do evento como um todo, abraçando todos os pontos de vista?

O texto não me esclareceu sobre isso, sendo sincera. Acho que vou continuar acreditando que nunca será possível o conhecimento do evento como um todo, mesmo ele acontecendo em função das tecnoimagens.

Comentários